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Economia circular na moda infantil

Na busca de repensar o consumo de roupas infantis, a colunista Marina Zyrianoff apresenta o RePetit

Por Marina Zyrianoff

30 de Setembro de 2022

Moda consciente e economia circular estão cada vez mais em alta - e não à toa, em um mundo em que desde agosto já estamos em débito com a Terra, talvez as pessoas estejam entendendo que nosso papel não se reduz apenas a produzir e consumir.

Temas como sustentabilidade e transparência da cadeia produtiva já estavam ganhando destaque. Após 2020, a chegada da pandemia acelerou ainda mais o movimento já tão cobrado por boa parte dos consumidores - reduzir, reciclar, recuperar, repensar, reutilizar.

Para quem não sabe, economia circular é um conceito que associa o desenvolvimento econômico a um melhor uso de recursos (naturais). E moda consciente é aquela que traz para o consumidor a reflexão sobre todo o processo e cadeia do produto em busca de roupas e acessórios atemporais, funcionais, que não tem um descarte rápido ou, inclusive, itens de second hand.

E o que tem me impressionado (positivamente) ultimamente é o crescimento do universo second hand na moda infantil. 

Em 2020, enquanto buscava um jeito mais consciente de comprar roupas para o João (apesar do que herdou dos primos, eu comprava enlouquecidamente roupas novas para ele), conheci a RePetit. A Marcela Coelho e sua amiga Daniela Bussab perceberam a oportunidade de mercado não apenas pela roupa, mas também como oferta de peças de qualidade por um preço mais amigável e também uma fonte de renda para mamães e papais - até porque criança cresce e perde roupa super rápido.

O negócio deu tão certo que de 2020 para 2021, a base de clientes cresceu 375%. Hoje, após três anos de história, o brechó infantil conta com mais de dez mil peças entre roupas, brinquedos e outros produtos, como carrinhos, cadeirinhas, entre outros. Elas vendem para todo o Brasil. E são mais de cinco mil usuários que compram e vendem na plataforma, além dos mais de 40 mil seguidores nas redes sociais.

Se você não conhece o serviço, vale super: além de comprar no re-commerce, você pode optar por receber um box em casa com uma seleção incrível para o seu filho (é só preencher um formulário contando mais sobre o estilo dele) ou ainda conhecer o corner da RePetit com peças selecionadas na loja Ludique do JK Iguatemi.

"Também fizemos parceria com algumas marcas infantis que mandam peças novas de coleções passadas - acaba valendo super a pena porque você compra um produto de qualidade por um valor mais acessível". Ou seja, o negócio é legal mesmo.

No site da RePetit encontrei ainda a informação de que se cada um de nós deixasse de comprar uma roupa nova e optasse ao invés por uma de segunda-mão aconteceria uma redução de 2,62B kg de CO2, ou 66M de árvores plantadas; uma economia de 25B de galões de água, ou 1,25B de banhos e, por fim, a redução de 203M kg de lixo, ou 18.700 caminhões de lixo a menos. Coisa pra caramba, né?

Então, bora repensar o consumo de roupas das nossas crianças e fortalecer o mercado de brechós infantis. Até porque elas são o futuro, não é mesmo?! E queremos deixar um futuro melhor para elas.

Por Marina Zyrianoff

Jornalista e mãe do João. Depois de mais de 10 anos trabalhando com comunicação corporativa, foi explorar um mundo completamente novo: a maternidade. Por aqui deseja criar conexões e desenvolver laços enquanto compartilha suas experiências.


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