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Ronda Semana 27/01
Uma curadoria semanal de notícias, pensatas e dicas
27 de Janeiro de 2023

Para ler com calma
A liberdade dos mamilos, o mercado do estilo pessoal das influencers e o que bomba no instagram
Por Marianne Carini

Nem mais um "piu"
Num mundo onde todo mundo tem uma opinião sobre todo e qualquer assunto, aprender a falar menos pode mudar sua vida. Para o autor Dan Lyons, falar demais não é inteiramente nossa culpa, já que habitamos um planeta que incentiva o exagero, onde o sucesso é medido pela quantidade de atenção que podemos atrair. Na matéria de capa para a revista Time, ele investiga como manter a boca fechada pode te tornar mais simpático, criativo e poderoso - por experiência própria. Não sabe se fala demais? Sem problemas, o site disponibiliza um quiz pra você descobrir!

Perdeu, millennial
As métricas do instagram mudaram e quem dita agora o que "hita" no app - e o que é cringe - é ela, a geração Z. O perfil @esferajua analisa o fim da era instagramável como os millenials conheciam e investiga a batalha por relevância digital, que muda constantemente o ritmo dos quatro pilares de engajamento: identificação, movimento, autenticidade e reprodutibilidade. Ou seja, hoje em dia, só um feed bonito não é suficiente para emplacar nas redes. Para pescar algumas dicas, vale a pena conferir o post completo.

Liberdade para quem?
Se você acompanha as últimas notícias do mundo digital, ficou sabendo que a Meta - gigante das redes sociais, dona do Facebook e Instagram - está pensando em liberar os mamilos femininos nas publicações. Agora, a discussão que a apresentadora Vanessa Rozan traz em sua coluna para a revista Gama é: A quem serve essa tal liberação dos mamilos femininos nas redes sociais? Em um texto sobre corpos, algoritmo e liberdade das mulheres, ela também avalia a campanha do #FreeTheNipple que tem como lema assegurar que a nudez não é pornografia. O ponto é acender um farol para que o leitor possa enxergar melhor a estrutura em que estamos imersas e que nos é vendida como libertadora, moderna, transgressora e empoderada.

Estilo como business
Estamos cansadas de ver pelo feed fotos das meninas mais estilosas - alô, Kendall e Hailey - e desejar nos vestir tão bem quanto elas, né? Mas a verdade que a gente esquece é que justamente essas mulheres, consideradas ícones fashion, pagam um profissional para entregar uma estética pronta, fabricada e sem muita espontaneidade… Em uma investigação sobre o relacionamento entre stylists e influencers, a FFW em parceria com a @sofismos_ traz a seguinte questão:faz sentido um influencer que promove seu estilo pessoal e suas escolhas de moda ser vestido por outra pessoa?

O fim da sala de estar?
Pois é, é isso que sugere a guru de tendências de decór Li Edelkoort. A especialista deu uma entrevista para a Elle Decoration Brasil onde compartilha as próximas tendências que vão fazer sucesso no mercado e como nossas casas vão se parecer no futuro. Uma constante que vale a pena ficar de olho, por exemplo, é a migração expressiva das grandes cidades para o campo ou para cidades menores em busca de outro estilo de vida. A aposta é na mudança de prioridades, o que também trará o foco para dois ambientes principais: a cozinha e o quarto. Mas chega de spoiler! O bom mesmo é ler a matéria na íntegra - depois não diz que a gente não avisou.

Pelo direito de envelhecer
A conversa sobre velhice, apesar de ainda ser considerada um tabu, vem ganhando mais liberdade nos últimos anos graças à pandemia - um evento catastrófico que nos fez olhar a mortalidade sob uma nova perspectiva. A jornalista Tatiana Vasconcellos escreveu para a Mina sobre sua decisão de assumir de vez os cabelos brancos e a sensação libertadora de não ceder às pressões estéticas. Afinal, O homem grisalho é charmoso, já a grisalha é desleixada. O grisalho é maduro, é gato, a grisalha é velha e feia. De onde vem isso?

Cool Drops
Não podemos deixar de falar sobre…
Para conhecer Fran Lebowitz
Para conhecer Joan Didion
Para conhecer Norah Ephron

Com Spoiler
Quem indica um livro pelo trecho nesta semana é a produtora cultural Adriana Rodrigues.
"Desejei que aquela força se expandisse. Mas me dei conta de que também estava amedrontada. Só em seguida compreendi estar condenada a ser quietamente infeliz porque sou incapaz de reações violentas, porque as temo, prefiro ficar imóvel cultivando o rancor."
A História do Novo Sobrenome, de Elena Ferrante